sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Recado

Esse post fora dos dias que falei que postaria é porque eu estava precisando escrever sobre algo que estava sentindo e achei que podia ser uma boa ideia ou talvez não... de qualquer forma é o mais sincero.

...
Eu deveria agradecer por nunca ter perdido ninguém próximo além de meu avô materno, com quem eu não mantinha muito contato. Mas ao invés disso, sinto uma fraqueza, um despreparo para quando eu tiver que lidar com alguma coisa do gênero, porque não sei qual será minha reação, o que pensarei ou quando irei sentir mais a sua falta. Isso soa mesquinho, eu sei.

Só que além disso, um sentimento de impotência maior ainda aparece quando não se sabe a coisa certa a dizer e a fazer quando um amigo passa por essa situação e você não tem apoio suficiênte sobre os pés para garantir que possa confortar-lo da melhor maneira possível.

Às vezes penso que talvez seria melhor não conhecer a pessoa do que perde-la, isso é errado. Eu choro pelas pessoas que não conheci, não porque ela não está mais aqui, mas porque sei que alguém irá sentir a falta dela, mesmo que não demonstre claramente.



Sinto que, nesses momentos cada um encara e reage de modos diferentes. Quando se ama alguém e sabe que não poderá mais abraça-la, toca-la, eu vejo um vazio e esse vazio com o tempo se transforma em tristeza. Você pode demorar para perceber que ela não está mais do outro lado do telefone e muitas vezes essa angústia se torna raiva, uma raiva inexplicável. É nessa hora que não importa quem esteja perto, você é apenas você e seu sentimento. Se sente sem o chão, às vezes chorando e rindo ao mesmo tempo, lembrando o quanto foi bom aquele certo momento junto.

De vez enquando você se verá dando uma risada tristonha... é normal, faz parte. Eu gosto de acreditar que não importa quando ou onde, ela sempre estará do nosso lado nos protejendo e guardando... E daí a frase que pintei na minha parede: "Embora a gente não veja, elas continuam ali." nem que seja no nosso coração.

Talvez não seja o certo mexer em feridas que ainda não cicatrizaram direito, só que eu precisava sentir essa tranquilidade que sinto enquanto escrevo isso. De que não são simples palavras de EU SINTO MUITO e sim de que eu realmente me importo.

*Aninha*

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